A IDH – Iniciativa para o Comércio Sustentável divulgou seu Relatório Anual, referente ao ano de 2017, apresentando uma visão geral e transparente de seu progresso, juntamente com as lições aprendidas pela organização. Com o apoio de parceiros: empresas, governos e organizações da sociedade civil, a IDH construiu coalizões e co-financiamentos para novos modelos de negócios.
Graças a este apoio, cada euro de nossos doadores utilizado para a transformação sustentável do mercado no ano passado alavancou três euros de investimento privado.
Em 2017, a IDH fez um progresso real em direção à sustentabilidade em 11 cadeias de valor internacionais – incluindo algodão, cacau, café e têxteis – resultando em mais renda para agricultores e trabalhadores, menos desmatamento e aumento da igualdade de gênero. Em 11 paisagens, também está no caminho do uso sustentável da terra e do crescimento inclusivo, fornecendo uma base sólida para o investimento público e privado.
No cacau, café, chá, caju e algodão, implantou seu conhecimento sobre a melhoria dos modelos de prestação de serviços para beneficiar os pequenos agricultores. A título de exemplo, em conjunto com o ABN AMRO, iniciou um piloto para fornecer treinamento, fertilizantes e capital de giro, com o objetivo de duplicar a renda de 53.000 cafeicultores em Uganda em dois anos.
Em março, lançou parcerias com o Príncipe de Gales e a Iniciativa Cacau e Floresta da Fundação Mundial do Cacau. Sete meses depois, na COP23, em Bonn, implementou um conjunto de ação abrangente, assinado pela indústria do cacau e pelos governos de Gana e da Costa do Marfim. Eles se comprometeram a acabar com o desmatamento causado pela produção de cacau até o final de 2020.
O plano é parcialmente baseado na abordagem PPI (Produção, Proteção, Inclusão) que a organização desenvolveu – reunindo governos, empresas e comunidades locais para trabalhar em prol de uma gestão sustentável do uso da terra em 11 paisagens na Ásia, África e América Latina. Para estimular os mercados financeiros a investir na agricultura livre de desmatamento, com o objetivo de conservar 5 milhões de hectares de floresta tropical, criou o Fundo &Green, lançado em Davos com a Noruega, a GEF e a Unilever.
Também desenvolveu uma metodologia para melhores condições de trabalho e salários dignos no chá, flores, frutas e legumes e outros setores. Isso inclui trabalhar para melhorar a produção e a qualidade, juntamente com melhores condições de trabalho e melhor organização dos trabalhadores, e apoiado por uma ampla coalizão de empresas (internacionais) prontas a recompensar melhor qualidade com melhores preços. Passo a passo, isso cria a margem para os produtores pagarem salários vivos. A IDH tem trabalhado também na igualdade de gênero nesses setores.
A transformação do mercado também significa trabalhar nas cadeias de fornecimento finais do mercado. No óleo de palma, 69 por cento das importações europeias são agora certificadas. Graças à Iniciativa de Sustentabilidade Frutas e Legumes (SIFAV), 70 por cento de todas as frutas tropicais fornecidas pelos parceiros do programa (mais de 60% das importações europeias) são produzidas com responsabilidade.
2017 também marcou o início da nossa série “Como estamos fazendo a diferença”. Aqui utilizam uma metodologia desenvolvida com a KPMG e a Wageningen University and Research para monitorar o impacto das principais intervenções da IDH em diferentes setores e paisagens. As publicações da série fornecem uma representação transparente do impacto e progresso que a instituição está fazendo.
Em 2018, a IDH espera poder relatar de forma transparente suas principais conquistas, bem como as lições aprendidas. Com mais parceiros, novos modelos de financiamento e melhoria na prestação de serviços, esperam melhorar ainda mais a renda de milhões de agricultores, melhorando as condições de trabalho dos trabalhadores agrícolas e industriais, incentivando maior igualdade de gênero e reduzindo o desmatamento, degradação da terra e uso de pesticidas.