IDH e parceiros debatem abordagens inovadoras para produção sustentável no Mato Grosso e Pará

Encontro foi realizado em maio, na cidade de Cuiabá/MT.

A Iniciativa de Comércio Sustentável – IDH realizou nos dias 25 e 26 de maio, em Cuiabá/MT, um encontro com seus principais parceiros para discutir a operacionalização e o desenvolvimento de pactos regionais alinhados com a estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI) do estado do Mato Grosso e com o Programa Municípios Verdes (PMV) do estado do Pará.

Esses pactos serão acordos construídos entre os setores público, privado e sociedade civil, apoiados pela IDH, que tem como finalidade organizar a utilização da terra dessas regiões para um uso mais sustentável, com aumento da produtividade, e assegurar o meio de vidas das comunidades mantendo a proteção dos recursos naturais desse território. Por meio da redução do risco ambiental e social dessas regiões, elas se tornarão mais atrativas para investimento, instituições financeiras e, ainda, há possibilidade de alcançar novas oportunidades de mercado já que para compradores comprometidos com originação sustentável essa é uma oportunidade.

Há uma previsão de desenvolvimento dos pactos em quatro regiões, sendo três no Mato Grosso e uma no Pará:Xingu/Araguaia – Querência; São Marcelo – Juruena e, Cotriguaçu; PECSA – Alta Floresta, Carlinda e Paranaíta; e Paragominas.

“Os pactos regionais buscam a sustentabilidade em nível de paisagem, com equilíbrio entre o meio ambiente e a produção. Por meio desse abordagem, será possível atrais novos investidores para maior intensificação dessas áreas e novas relações comerciais com o mercado europeu”, explica Daniela Mariuzzo, Líder do Programa de Territórios da IDH no Brasil.

Para Paula Bernasconi, especialista ambiental no Instituto Centro de Vida (ICV), a IDH atua como ponte com os mercados consumidores externos. “O Workshop foi interessante no sentido de poder ouvir as experiências e dificuldades de outras regiões, como criar soluções e novas ideias de como enfrentá-las, e com incentivos que possam contaminar o território de forma positiva como um todo”.

Justiniano Netto, secretário do Programa Municípios Verdes do estado do Pará, confirma a opinião de Paula. “Nós entendemos que a IDH pode nos apoiar no sentido de diminuir custos das linhas de crédito voltadas para o financiamento da produção rural, exigindo em contrapartida compromissos socioambientais”.

Márcio Sztutman, gerente de conservação terrestre da The Nature Conservancy (TNC), afirma que a IDH conseguiu trazer para os atores dos territórios o tema principal: incentivos positivos para adequação ambiental de produtores. “O grande diferencial da instituição é a promoção de debates de novas ideias e a promoção de governança e mecanismos que gerem incentivos positivos para os produtores”.

Para Leone Furlanetto, gerente das Fazendas São Marcelo, a IDH foi a responsável por reunir pessoas e instituições bem intencionadas. “Com a expertise que a IDH possui de outros projetos e a contribuição com recursos para promover o engajamento de novos atores interessados em um mesmo objetivo que o nosso acredito que vamos chegar lá”.

O encontro reuniu mais de 25 representantes das regiões que estão sendo analisadas para execução dos pactos regionais. “Ao fim do encontro, chegamos a um roteiro detalhado para o desenvolvimento de pactos regionais nos municípios selecionados que detalham as atribuições e responsabilidades de todos os atores, bem como os marcos importantes nesse processo como a questão de atendimento ao Código Florestal brasileiro”, afirma Mariuzzo.