Indústrias de base florestal de MT buscam acesso à União Europeia

O desenvolvimento das estratégias de acesso ao mercado europeu pela madeira produzida legalmente em Mato Grosso avançou. Foi realizado em 24 de outubro um workshop pelo IDH em parceria com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (CIPEM), que contou com cerca de 20 representantes do setor de base florestal do estado.

O evento é fruto da parceria firmada entre CIPEM e IDH, em abril deste ano, para melhorar continuamente a cadeia de valor do setor em Mato Grosso. As ações estão estruturadas em quatro pilares centrais: digitalização do Sistema de Registro e Gestão Florestal; intercâmbio de conhecimento; benchmarking do Sistema Sisflora-MT em relação a programas de reconhecimento internacional; e desenvolvimento de estratégias de comunicação voltadas para o mercado europeu.

IDH e CIPEM fazem parte da Estratégia PCI do Estado de Mato Grosso. O compromisso da PCI para florestas nativas é chegar a 6 milhões de hectares de área com manejo florestal sustentável em Mato Grosso até 2030. Atualmente, o estado possui 3,7 milhões de hectares de florestas privadas manejadas.
“O manejo florestal sustentável é uma ferramenta importante para a conservação, pois promove é um uso econômico atrelado a planos de longo prazo de exploração responsável, conservação e a regeneração. A expansão da produção e exportação nesse setor depende de um esforço conjunto para melhorar a reputação da madeira brasileira em mercados consumidores, como a União Européia”, observa Marcela Paranhos, gerente de investimento da IDH.

Dentro do tema ‘Construindo um caminho de reputação para a madeira de Mato Grosso junto à União Europeia’, a IDH apresentou dados do setor, o cenário de exportação e as regras comerciais para atender grandes compradores do bloco econômico.

De acordo com os consultores contratados pela IDH, o que é produzido pelo Brasil ainda é pouco se comparado com a Indonésia, que é uma ilha. “Embora possua apenas 7% de toda floresta tropical do mundo, o país produz 26% de toda madeira consumida no planeta. Também dá para se ter uma ideia da nossa dimensão quando falamos em dividendos. Ao passo que giram mais de U$ 17,3 bilhões no mercado global, o Brasil movimenta apenas U$ 272 milhões desse total, ou seja, apenas 1,5%”.
Resultados intermediários do estudo apontam que, em termos de legalidade da madeira, o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (SISFLORA), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), atende à regulamentação europeia sobre o tema.