PCI promove reunião com empresas que apoiam estratégia em Mato Grosso

A atração de investimento privado é fundamental para garantir que Mato Grosso consiga atingir as metas estabelecidas na Estratégia Produzir, Conservar e Incluir. Ao mesmo tempo, representa uma oportunidade para as companhias apoiarem os modelos de abordagens territoriais com maior segurança e geração de commodities sustentáveis em escala.

Para promover essa interface foi lançado, em setembro de 2018, o Corporate Action Group, que tem três objetivos principais: ser um ambiente que facilite o envolvimento das empresas em projetos e iniciativas para apoiar as metas da PCI; promover o alinhamento dos compromissos corporativos com uma abordagem jurisdicional em Mato Grosso; e criar um canal para que as empresas forneçam feedback sobre a estratégia PCI a partir do ponto de vista corporativo.

Para promover atualizações do grupo, foi realizada uma reunião virtual no dia 11 de setembro, da qual participou também a secretária de Meio Ambiente do estado de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti. Ela falou sobre as estratégias adotadas pela gestão para promover ações em consonância com a PCI, dando detalhes sobre CAR, licenciamento ambiental, monitoramento e fiscalização. “O Estado de Mato Grosso continua muito firme no seu projeto, traduzido dentro da Estratégia PCI, cujas metas estão refletidas nas ações da Secretaria”, ressaltou Lazzaretti.

O diretor executivo do Instituto PCI, Fernando Sampaio, ressaltou que “o Instituto possui um plano de ação e agenda de investimentos que representam oportunidades reais a partir da Estratégia PCI, com organizações que já apoiam ativamente a implementação das metas e da estrutura de governança.”

De acordo com Marcela Paranhos, gerente de Investimento da IDH no Brasil “as oportunidades de investimento no Estado do Mato Grosso, decorrentes da Estratégia PCI representam uma agenda de investimentos em desenvolvimento sustentável e recuperação verde da economia brasileira. E o setor privado tem um papel essencial na viabilização e concretização desses investimentos.”

A diretora executiva da IDH Brasil e do Programa de Paisagens da América Latina, Daniela Mariuzzo, reforçou o convite para que as empresas entrem em contato individualmente e entendam como podem participar. “Às vezes, as empresas acham que vamos pedir ajuda, mas na verdade é uma via de mão dupla. Muitas soluções que são gargalos para os negócios, já estão prontas para serem utilizadas na PCI”, explicou.

O diferencial da abordagem jurisdicional foi defendido pela diretora para América Latina da Tropical Forest Alliance (TFA), Fabíola Zerbini. “A jurisdição vem para dar uma mensagem de integração: cadeia, público, privado, governo e comunidade para o uso inteligente do território”.

Durante a reunião, as empresas pioneiras no apoio à PCI, também apresentaram suas experiências.

“Mato Grosso é parte central da nossa estratégia e quanto mais a gente vê o estado se desenvolvendo, sem dúvida nenhuma, isso é benéfico para os nossos negócios não só no momento atual, mas pensando na perenidade”, ressaltou Juliana Lopes, diretora de Sustentabilidade da AMAGGI.

“Acabamos de lançar um plano de controle da cadeia no qual toda a visão é baseada em Produzir, Conservar e Incluir”, disse Leonel Almeida, gerente de Sustentabilidade da Marfrig.

“Para nós é importante haver transparência, abordagem de território, com inclusão, e cadeias de produção colaborativas. Por isso a PCI é uma plataforma perfeita de atuação”, avaliaram Nicoletta Pavese, do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável WBCSD, e Felipe Sudré, da Bunge, que integram a Soft Commodities Forum (SCF), uma plataforma global de empresas de commodities, que tem como objetivo promover ações coletivas em torno de desafios comuns de sustentabilidade mundial.

O Corporate Action Group é liderado pelo Environmental Defense Fund (EDF). Este fórum de discussão está sob o escopo do Comitê de Investimentos do Instituto PCI, coordenado pela gerente de Investimento da IDH no Brasil, Marcela Paranhos.